quinta-feira, novembro 16, 2006

EI-LO, QUE VEM A CAMINHO

Quem nunca acreditou no Pai Natal?

Um velhinho com roupas vermelhas, barba branca, cinto e botas pretas que passa de casa em casa para deixar presentes às famílias.
De geração em geração a lenda do Santa Clauss ganha mais realidade no mês de Dezembro, quando o mundo espera a sua chegada.
A figura do Pai Natal tem origem na história de São Nicolau, um santo especialmente querido pelos cristãos ortodoxos e, em particular, pelos russos.
São Nicolau, quando jovem, viajava muito, tendo conhecido a Palestina e Egito.
Por onde passava ficava na lembrança das pessoas devido a sua bondade e o costume de dar presentes às crianças necessitadas.
Conta-se que o primeiro presente que o Pai Natal deu foram moedas de ouro, entregues a três meninas pobres. Quando voltou a sua cidade natal, Patara, na província de Lícia, Ásia Menor, São Nicolau foi declarado bispo da cidade de Mira.
Com o tempo, o santo foi ganhando fama de fazedor de milagres, sendo esse um dos temas favoritos dos artistas medievais. Nessa época, a devoção a ele estendeu-se para todas as regiões da Europa, tornando-o o padroeiro da Rússia e da Grécia, das associações de caridade, das crianças, marinheiros, garotas solteiras, comerciantes, penhoristas, e também de algumas cidades como Friburgo e Moscovo.
No século XI, o roubo de seus ossos promoveram sua fama por toda a Europa.
A tradição de São Nicolau arraigou especialmente entre os holandeses a partir do século XIII, que o representavam com barba branca e ornamentos eclesiásticos, montado em um burro e carregando um saco de presentes para as crianças boas e um feixe de varas para os maus.
Os holandeses denominavam-no Sinter Klaas e sua tradição de obsequiar os pequenos com presentes traspassou com eles o Atlântico no século XVII com seu propósito de colonizar a América do Norte.
Desde a Nova Amsterdã (atual Nova Iorque), São Nicolau se estendeu pelo país que estava nascendo, adquirindo uma enorme popularidade.
Os verdadeiros impulsores do mito de Santa Claus nos Estados Unidos foram dois escritores.
O primeiro, Washington Irving, escreveu em 1809 um livro em que despojava São Nicolau de sua indumentária clerical, transformando-o em uma personagem bonachona e bondosa que montava um cavalo voador e que jogava presentes pelas chaminés.
A figura fez-se muito popular e mudou de nome quando os norte-americanos adotaram o inglês (Santa Claus) o nome holandês (Sinter Klaas). Em 1823, um poema de um professor universitário, Clement C. Moore, enalteceu a aura mágica que Irving havia outorgado à personagem e tornou-a mais verossímil.
Trocou o cavalo branco por renas que puxavam um trenó, os tamancos que deixavam as crianças holandesas por meias, converteu-o numa personagem alegre, gorda e de pequena estatura, similar a um gnomo e situou sua visita durante a vigília de Natal, em vez de véspera do 6 de dezembro.
Em 1862, o desenhista norte-americano de origem alemã Thomas Nast realizou a primeira ilustração de Santa Claus descendo por uma chaminé, embora ainda tivesse o tamanho de um duende. Pouco a pouco vai adquirindo estatura, barriga, mandíbula, barba e bigode branco, aparece no Pólo Norte, rodeado de complementos como o abeto e o visco, etc.
Com a chegada da litografia em cores, suas roupas foram coloridas com um vermelho brilhante, transformação que se deve a múltiplos criadores.
O símbolo de Santa Claus foi logo utilizado pela publicidade comercial. Em 1931, a Coca-Cola encomenda ao artista Habdon Sundblom a remodelação do Santa Claus de Nast para torná-lo ainda mais próximo e verossímil. Sundblom se inspira em um vendedor aposentado e a campanha de Natal constitui um grande sucesso.
Havia nascido o atual Santa Claus, o Pai Natal que vive na imaginação de milhares de crianças e daqueles que nunca deixaram de o ser.
Por: Alicia Assine

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