sábado, janeiro 20, 2007

A PESCA OU... O ESPELHO DA CRISE?

Por vezes (na maioria)
nem para o gato "sai" peixe


E... TUDO ISTO (NÃO) É FADO

Fala do Velho do Restelo
ao Astronauta

De: José Saramago

Aqui na terra a fome continua
A miséria e o luto
A niséria e o luto e outra vez a fome
Acendemos cigarros em fogos de napalm
E dizemos amor sem saber o que seja.
Mas fizemos de ti a prova da riqueza.
Ou talvez da pobreza, e da fome outra vez.
E pusemos em ti nem eu sei que desejos
De mais alto que nós, de melhor e mais puro.
No jornal soletramos de olhos tensos
Maravilhas do espaço e de vertigem.
Salgados oceanos que circundam
Ilhas mortas de sede onde não chove.
Mas a terra, astronauta, é boa mesa
(E as bombas de napalm são brinquedos)
Onde come brincando só a fome
Só a fome, astronauta, só a fome.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

O "OLHO" INDISCRETO DA TELEVISÃO

Na falta de melhor local
valeu... o alívio


NESTA MELODIA... PODE MUDAR O "SOLISTA"

A diferença entre
antes e... depois dos votos

In: My e-mail
O Primeiro Ministro, José Sócrates, está andando tranquilamente quando é atropelado por um condutor das corridas da Ponte Vasco da Gama e morre ali na hora.
A alma dele chega ao Paraíso e dá de caras com São Pedro na entrada.
-"Bem-vindo ao Paraíso!"; diz São Pedro
-"Antes que você entre, há um problemazito... Raramente vemos Políticos por aqui, sabe… então não sabemos bem o que fazer com você.
-"Não vejo problema nenhum, basta deixar-me entrar", diz o antigo Primeiro Ministro José Sócrates"
Eu bem que gostaria de o deixar entrar senhor Engenheiro, mas tenho ordens superiores… Sabe como é… Vamos fazer o seguinte:
O Senhor passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Depois pode escolher onde quer passar a eternidade.
-"Não é necessário, já resolvi. Quero ficar no Paraíso diz o Primeiro Ministro.
-"Desculpe, mas temos as nossas regras. "
Assim, São Pedro acompanha-o até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.
A porta abre-se e ele vê-se no meio de um lindo campo de golfe.
Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado.
Todos muito felizes em traje social.
Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo.
Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar.
Quem também está presente é o diabo, um tipo muito amigável quepassa o tempo todo dançando e contando piadas.
Eles divertem-se tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora.
Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.
Ele sobe, sobe, sobe e a porta abre-se outra vez.
São Pedro está a espera dele.
Agora é a vez de visitar o Paraíso.
Ele passa 24 horas no paraíso, junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando.
Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia chega ao fim e São Pedro retorna.
-" E então??? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora escolha a sua casa eterna."
Ele pensa um minuto e responde:
-"Olha, eu nunca pensei ... vir a tomar esta decisão… O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar muito melhor no Inferno."
Então São Pedro abanando com a cabeça, leva-o de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.
A porta abre-se e ele vê-se no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo e com um cheiro horrível.
Ele vê todos os seus amigos com as roupas rasgadas e muito sujas catando o entulho e colocando-o em sacos pretos, repara que por vezes os amigos se pegam á porrada na disputa de pedaços de comida podre.
O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do Primeiro Ministro.
-" Não estou a entender?!", - gagueja o Primeiro Ministro
- "Ontem mesmo eu estive aqui e havia um lindo campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo mal cheiroso e os meus amigos totalmente arrasados!!!"
O diabo olha pra ele… sorri ironicamente e diz:
-"Ontem estávamos em campanha. Agora, que conseguimos o seu voto... eis a realidade"

quinta-feira, janeiro 18, 2007

NO... CONSULTÓRIO DO MÉDICO

QUEM SOUBER QUE ... RESPONDA

QUANDO A MODA PEGA...


Chá Verde ou Chá Preto?
MITO OU REALIDADE?

In: My e-mail
By:Paullus Castro

Moda é uma desgraça, e o povão vai sendo feito de trouxa...
Que atire a primeira pedra aquele que nunca precisou emagrecer... perder aquela barriguinha de chopp... esvaziar os pneuzinhos... perder as bóias naturais... etc... etc... etc...
Em nossa ânsia por medidas rápidas de emagrecimento, procuramos "fazer de tudo" pra emagrecer: de dietas radicais à infeliz lipoaspiração.
A verdade é que poucas pessoas procuram praticar exercícios regularmente e trocar aquele BigMac gostoso, por um prato de arroz com feijão tão comum no dia a dia do brasileiro.
Há até quem faça cara feia... (blergh)... Eu decidi aderir à dieta saudável e à prática de exercícios, passei a comer arroz integral, muita salada e carne grelhada.
Durante a minha pesquisa por alimentos saudáveis eu ouvi falar de um treco miraculoso chamado chá verde. Rapaz, pelo que eu li a respeito do chá verde ele só não ressuscita defunto, mas de resto é melhor até que o tal do suco de noni (aquilo é uma piada né, gente).
Abaixo eu listo algumas das propriedades medicinais do chá verde.
1. Rico em flavonóides, ajuda no combate aos radicais livres.
2. Ajuda a diminuir as taxas de colesterol.
3. Ativa o sistema imunológico.
4. Ajuda a prevenir alguns tipo de câncer (por ser rico em bioflavonóides e catequinas), artrose, aterosclerose e outras doenças degenerativas.
5. Contém manganês, potássio, ácido fólico e as vitaminas C, K, B1 e B2.
6. Ajuda a prevenir as doenças cardíacas e circulatórios por conter tanino.
7. Ajuda a prevenir cáries.
8. Ação antiinflamatória e antigripal.
9. Ajuda na regeneração da pele.
10. A planta é indicada para limpar e equilibrar peles oleosas.
11. Ajuda a proteger contra os efeitos nocivos do sol (saiu até na revista Veja, na edição 3 de março de 2004).
12. Ajuda a prevenir alterações no DNA das células.
13. Ajuda a prevenir o câncer digestivo.
14. Fortalece o coração.
15. É rico em magnésio (importante para os ossos).
16. Ajuda a dilatar os brônquios, melhorando a respiração em asmáticos.
17. Ajuda a melhorar a memória.
18. Ajuda a prevenir o mal de Alzheimer.
Como podem ver o chá verde é praticamente um bombril dos chás, tem mil e uma utilidades... mas a principal propriedade que eu não listei e deixei para falar por último, por ser a mais interessante, e talvez seja até a que o tornou moda, é: chá verde é termogênico!!!
O que isso quer dizer?!
Bem, quer dizer que chá verde eleva / inicia um processo de termogênese no organismo, aumentando o metabolismo fazendo com que o organismo aumente o consumo de energia, o que pode ajudar no processo de emagrecimento!
Outra boa notícia é que ele é eficaz no tratamento de celulite e gordura localizada (não sei como utilizar para esse fim, meninas... me perdoem).
Uau... quantas boas notícias, não é verdade?!
É isto que tem tornado o chá-verde a sensação, uma verdadeira febre... uma moda, basta procurar no google "chá verde" (com aspas mesmo) e a pesquisa te retorna 222.000 (duzentos e vinte e dois mil) resultados!!!
Maravilha, não é verdade?
Bem... realmente seria uma maravilha se não fosse um pequeno porém, o mundo é capitalista, meus amigos, quando a procura aumenta... os preços sobem.
Uma caixinha com 10 sachês de chá verde custa em média R$ 6,50... sim, exatos (e exorbitantes) seis reais e cinqüenta centavos... levando-se em consideração que você beberia diariamente 1 único sachê por dia (que a meu ver nem traria tantos benefícios assim...) você gastaria nada mais nada menos que R$ 19,50 (dezenove reais e cinquenta centavos) por mês... tudo bem, pense que eu sou pobre por regular esse dinheiro... me acuse... mas antes de fazer isto leia mais abaixo.
Pegue uma caixinha de chá verde e leia qual o nome científico da planta que o produz (Camellia Sinensis) e depois pegue uma caixinha de chá preto, que custa em média R$ 2,50 (dois reais e cinqüenta centavos) e veja qual o nome científico da planta utilizada... Captou, meu querido hermanauta?
Os dois chás são a mesma coisa, um que já era vendido a milhões de anos e outro que agora virou moda... a diferença do preço está aí e nas cores.
Segundo a revista Men's Health (não lembro se a edição de novembro ou de dezembro) o chá preto nada mais é do que o chá verde torrado, processo que ainda assim conserva todas as propriedades medicinais originais, que o tornam um alimento funcional.
Além do mais, as caixinhas de chá preto que eu pesquisei o preço vinham com 15 sachês (50% por cento a mais do que a caixinha assaltante de chá verde)... faça os cálculos e pense qual você vai comprar.
Quem quiser é só dar uma pesquisada mais a fundo nas referências que eu coloco mais abaixo, eu as utilizei somente para extrair os benefícios do chá verde, tem coisa que eu nem sabia até escrever este post... rs...
Se interessou pelo assunto?
Alguns links pra você se orientar melhor...

quarta-feira, janeiro 17, 2007

MAS QUE MALDADE ....

NOVA ARMA CONTRA O PESO EXCESSIVO

Pastilha elástica ajuda
obesos a emagrecerem

2007-01-16 - 00:00:00
IN: Correio da Manhã
TEXTO: Cristina Serra

FOTO: Alessia Pierdomenico /Reuter

Emagrecer enquanto se masca uma pastilha elástica sem ser preciso recorrer a dietas ou esforço físico. O sonho de muitos obesos pode vir a tornar-se realidade, mas só dentro de uns cinco anos. Especialistas portugueses dizem que o novo produto será uma ajuda para quem quer perder peso, mas só se não tiver efeitos secundários.

A nova pastilha elástica, um produto investigado por cientistas do Imperial College de Londres (Inglaterra), é feita a partir de uma hormona natural, intestinal – conhecida como polipéptido pancreático –, que produz a sensação de saciedade.
O cientista Steve Bloom, que lidera a equipa de investigadores, explicou que o objectivo desta pesquisa é encontrar um medicamento que possa ser absorvido pela boca para poderem introduzi-lo numa pastilha elástica. “Defendemos a ideia da pastilha elástica, porque os obesos gostam de mascar.”
Outra opção para administrar o tratamento seria através de um inalador nasal e injecções.
As primeiras experiências efectuadas pelos cientistas indicaram que doses moderadas da hormona podem reduzir, entre 15 e 20 por cento, a quantidade de comida ingerida por voluntários saudáveis.
Os ratos a que o composto foi administrado perderam 15 por cento do peso só numa semana.
O endocrinologista português Luís Gardete Correia, director de serviço do Hospital Curry Cabral, sublinha ao CM a importância da investigação: “Há muito tempo que se procura um produto que provoque a sensação de aumento de saciedade e diminuição de apetite.
A verdade é que os produtos testados acabaram por ser colocados de lado porque provocavam efeitos secundários indesejáveis e graves.”

As vantagens do novo produto são, na sua opinião, tão relevantes quanto graves são as consequências da obesidade – como o aparecimento de outras doenças: “A obesidade está na origem de doenças que matam pessoas todos os dias.”
Os ensaios revelaram que, em doses moderadas daquela hormona, foi possível reduzir a quantidade de comida entre 15 a 20 por cento em cobaias saudáveis.

SAIBA MAIS

APÓS A REFEIÇÃO

O corpo produz a hormona polipéptido pancreático no final de cada refeição, para garantir que a ingestão de alimentos não se descontrola.
Há pessoas que produzem menos quantidade do que outras e, de qualquer forma, a produção é reduzida quando existe excesso de peso.


300 MILHÕES

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima em 300 milhões o número de obesos existentes em todo o Mundo.

EM PORTUGAL

Em Portugal estima-se que metade da população tem problemas de excesso de peso.
A percentagem de portugueses obesos ronda os 15 a 17 por cento, enquanto os super obesos são três por cento.









terça-feira, janeiro 16, 2007

"FRICÇÃO" TECNOLÓGICA

ALERTA... PELOS NOSSOS FILHOS

Perigo- Neuropsicólogo explica 'salto da ficção para a realidade'
Jogo da morte gratuito

2007-01-15 - 00:00:00
In: Correio da Manhã

Com “efeitos muito perigosos” é como o neuropsicólogo Nélson Lima classifica os resultados de um adulto colocar nas mãos de uma criança ou adolescente um videojogo cujo objectivo “é matar”.
Declarações a propósito do ‘Super Columbine Massacre’, jogo que reproduz fielmente o maior massacre ocorrido numa escola norte-americana e que está disponível para cópia, de uma forma gratuita, na internet.
A 20 de Abril de 1999, na localidade de Columbine, no Estado do Colorado, dois adolescentes mataram 12 alunos e um professor, tendo-se, depois, suicidado.
Da realidade depressa se passou à ficção, mas a sua transição para o campo dos videojogos não é consensual, tendo sido agora banido do Festival de Slamdance, que irá decorrer em Park City entre os dias 18 e 27 deste mês.
Para além da questão moral, resultante do aproveitamento da tragédia, Nélson Lima sublinha que, no quadro psíquico, “a banalização do sofrimento neste tipo de jogos pode despoletar na pessoa o desejo de fazer, na vida real, o que pratica no jogo, havendo o perigo do salto da ficção para a realidade”.
O presidente do Instituto da Inteligência, no Porto, considera ainda que este tipo de jogos são igualmente nefastos para os adultos.
Desde a sua criação, o videojogo – em que o objectivo do jogador é assumir a pele dos adolescentes criminosos Eric Harris e Dylan Klebold e atirar sobre os alunos e professores – transformou-se num êxito, pelo que num ano de permanência na ‘net’ foi descarregado por 40 mil potenciais jogadores.
Entre eles, figurou o criminoso Kimver Gill, 25 anos, que em Setembro disparou sobre os estudantes de uma escola de Montreal, tendo morto a luso--canadiana, Anastasia de Sousa.
Nélson Lima entende que “há fortes probabilidades de este jovem ter assumido na vida real o contexto do jogo, despoletando o potencial de violência até então arrumado na sua mente”.
Danny Ledonne, o autor do jogo, que aquando dos trágicos acontecimentos era também aluno no Colorado, diz que o seu objectivo é “promover o diálogo sobre os massacres nas escolas, a sua violência, e a forma como são noticiados”.
O jovem confirmou que foi convidado para estar presente na competição na rubrica ‘jogos de guerrilha’.
O presidente do festival, Peter Baxter, decidiu entretanto retirar o jogo.
“Falei com pessoas que sofrem bastante com o massacre de Columbine.
Os sentimentos são mais importantes do que um jogo ou um festival”, disse.
FAVORITO DE CRIMINOSO
Anastasia de Sousa, a jovem luso-canadiana morta por Kimveer Gill, em Setembro, no centro pré-universitário de Dawson College de Montreal, poderá ser mais uma vítima dos videojogos. O criminoso – que se matou após realizar o tiroteio em que ainda ficaram feridas 19 pessoas – confessou na internet que se considerava um “anjo da morte”.
Tinha, segundo revelou a Polícia, no ‘Super Columbine Massacre’ um dos seus jogos favoritos.
O criminoso afirmava: “A ira e o ódio fervem dentro de mim.”
João Saramago

APARÊNCIAS QUE SÓ SÃO "ILUDÊNCIAS"


A arte de bem saber cumprir

as ordens recebidas

Era uma vez o jovem que recebeu do rei a tarefa de levar uma mensagem e alguns diamantes a um outro rei de uma terra distante.
Recebeu também o melhor cavalo do reino para levá-lo na jornada.
"Cuida do mais importante e cumprirás a missão!", - disse o soberano ao se despedir.

Assim, o jovem preparou o seu alforje, escondeu a mensagem na bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro amarrada à cintura, sob as vestes.
Pela manhã, bem cedo, sumiu no horizonte. E não pensava sequer em falhar.
Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e valente rapaz, pronto para desposar a princesa.
Aliás, esse era o seu sonho e parecia que a princesa correspondia às suas esperanças.
Para cumprir rapidamente sua tarefa, por vezes deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua montaria.
Assim, exigia o máximo do animal.
Quando parava em uma estalagem, deixava o cavalo ao relento, não lhe aliviava da sela e nem da carga, tampouco se preocupava em dar-lhe de beber ou providenciar alguma ração.

"Assim, meu jovem, acabarás perdendo o animal." - disse alguém.
"Não me importo." - respondeu ele. "Tenho dinheiro. Se este morrer,
compro outro. Nenhuma falta fará!"
Com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre animal não
suportando mais os maus tratos, caiu morto na estrada. O jovem simplesmente
o amaldiçoou e seguiu o caminho a pé.
Acontece que nessa parte do país havia poucas fazendas e eram muito
distantes umas das outras. Passadas algumas horas, ele se deu conta da
falta que lhe fazia o animal. Estava exausto e sedento.
Já havia deixado pelo caminho toda a tralha,com excepção das pedras, pois lembrava da recomendação do rei:
"Cuide do mais importante!" Seu passo se tornou curto e lento. As paradas, frequentes e longas.
Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota. Mais tarde, caiu exausto no pé da estrada,onde ficou desacordado.
Para sua sorte, uma caravana de mercadores que seguía viagem para o seu reino, o encontrou e cuidou dele.
Ao recobrar os sentidos,encontrou-se de volta em sua cidade. Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e com a maior desfaçatez, colocou toda a culpa do insucesso nas costas do cavalo "fraco e doente" que recebera.
"Porém, majestade, conforme me recomendaste, "cuidar do mais importante", aqui estão as pedras que me confiaste.
Devolvo-as a ti. Não perdi uma sequer." O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o despediu, mostrando completa frieza diante de seus argumentos.
Abatido, o jovem deixou o palácio arrasado.
Em casa, ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a mensagem do rei,que dizia:
"Ao meu irmão, rei da terra do Norte. O jovem que te envio é candidato a casar com minha filha.
Esta jornada é uma prova. Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo.
Recomendei que cuidasse do mais importante.
Faz-me, portanto, este grande favor e verifique o estado do cavalo.
Se o animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem aprecia a fidelidade e força de quem o auxilia na jornada.
Se porém, perder o animal e apenas guardar as pedras,não será um bom marido nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e não dará importância à rainha nem àqueles que o servem".
Comparo esta história com o ser humano que segue sua jornada na vida, tão preocupado com seu exterior, isto é, com os bens, que tudo guarda como se fosse ouro, esquecendo de alimentar sua alma e espírito com a alegria e o amor de Deus.
Certamente não cumprirá a missão, já que não sabe guardar o que é mais importante !

In: my e-mail
Autor Desconhecido

segunda-feira, janeiro 15, 2007

A FORÇA. DA FÉ NA... PUBLICIDADE


LER JORNAIS É... SABER MAIS - ABORTO -


Os preços do aborto



2007-01-13 - 15:00:00

Reportagem CM

As parteiras de vão de escada estão em extinção.
Hoje, o aborto clandestino faz-se em habitações equipadas para o efeito.
O preço vai dos 400 aos 750 euros. Nas clínicas que actuam dentro da lei, a interrupção da gravidez fica, regra geral, mais cara.
Pode atingir os 1000 euros. Uma prática que está a diminuir com a chegada do Cytotec. Compreende-se. É doloroso, mas custa bem menos: 25 euros.


O olhar ainda turva quando recorda as palavras da enfermeira que descobriu o segredo não revelado: “É mais fácil fazê-los do que matá-los.”
Deitada numa cama de hospital a esvair-se em sangue, Elsa (nome fictício) pede ao tempo que ande mais depressa e a leve daquele calvário.
Nunca se sentira tão humilhada, tão só, tão desprezada. Decidiu interromper a gravidez, às 12 semanas, e não está arrependida, mas jamais imaginara um aborto tão complicado. “Recorri à Women on Waves.
O processo tradicional é muito caro e coloca sempre a questão do local. Fui ao ‘site’ da organização, preenchi um questionário e passada uma semana já tinha os medicamentos.”
Pagou 70 euros pelos comprimidos: o Mifepristone (conhecido RU-486 ou Mifeprex) e o Misoprostol (mais conhecido por Cytotec).
O primeiro pára a gravidez, o segundo expulsa o feto do corpo.
Está indicado para problemas de estômago, mas tem efeitos abortivos quando tomado em determinadas doses.O método revela-se eficaz, na maioria dos casos, mas provoca dores e geralmente dá hemorragia, obrigando a uma ida à urgência para estancar o sangue, para limpar.
Um sacrifício que Elsa, 24 anos, aceitou e um risco que voltaria a correr.
“Não era viável, como hoje não seria, levar a gravidez até ao fim. Estou a terminar o curso, o meu namorado está a estudar no estrangeiro.”
Elsa deixou a enfermaria no dia seguinte ao internamento e jurou nunca mais pôr os pés naquele hospital. Abatida e com dores, passou um mês de cama aos cuidados da mãe.
Regressou à vida normal em finais de Outubro passado.
“Por questões de saúde não posso tomar a pílula, mas protegemo-nos sempre. Alguma coisa falhou com aquele preservativo.”
Maria (nome fictício) não usa preservativo nas suas relações sexuais nem qualquer outro tipo de anticoncepcional.
Vive num bairro pobre do grande Porto, muito pobre, com problemas de toxicodependência, álcool, violência, subnutrição. Voltou a engravidar. Voltou a abortar. Também recorreu ao Cytotec e também foi parar ao hospital.
Não se sabe quanto tempo de gestação tinha o feto, mas é seguro que não estava no início da gravidez. Fala-se em três meses, talvez mais.
Maria esteve internada oito dias. Passou mal, chegou a temer-se o pior.No passado recente, o ‘problema’ tinha sido resolvido no interior do bairro, em sua casa ou na do lado. Eram as mãe que faziam o aborto às filhas ou recorria-se a uma vizinha mais experiente.
Com o aparecimento do Cytotec, as parteiras de vão de escada entraram em vias de extinção.
Toma-se os comprimidos e acabou.
Mesmo que os efeitos se revelem bem dolorosos e não isentos de risco.
Elsa adquiriu-o via Women on Waves, mas, diz quem sabe, há sempre um médico que passa a receita ou uma farmácia que o vende sem ela.
O preço varia entre os 25 e os 30 euros, caixa de 60 comprimidos. “Eu paguei 70 euros porque na Women on Waves quem pode pagar paga dois abortos. O seu e o de quem não tem possibilidades.”Maria não conhecia o medicamento e muito menos tinha dinheiro para o comprar. Foi Celina (no-me fictício) quem o arranjou. É ela que os distribui, gratuitamente, a quem está grávida lá no bairro e não quer ter filhos. Às vezes até os arranja para gente de bairros vizinhos. “Tenho uma pessoa amiga que me traz do hospital. Isto tem de ser tudo à socapa, que aqui não há dinheiro para comprar essas coisas e planeamento familiar não existe”, conta. São quase sempre raparigas novas, como a Maria, que recorrem a Celina. “As mais velhas deixam-nos vir e depois andam por ai, ao abandono, à fome.”CONVERSA SIMPLESA 350 quilómetros de distância, no segundo esquerdo de um prédio antigo de Cascais, a azáfama é grande.
Há caixotes e sacos espalhados por divisões exíguas, envoltos numa nuvem de pó que teima em não assentar. “Ainda será aqui”, pergunta Ana (nome fictício), ao companheiro, enquanto este observa o movimento. A maca ginecológica que ocupa boa parte da divisão mais pequena do apartamento ajuda a esclarecer a dúvida. “Bom dia, o que desejam”, questiona uma senhora, muito antipática, a despachar. “Estou grávida.
Há uns anos foi aqui que me resolveram o problema”, informa Ana. “Andamos em mudanças, mas vou chamar a enfermeira...” De cigarro entre os dedos, Matilde (nome fictício) leva o casal para o que resta da sala de atendimento. Ana começa a contar-lhe a história da vida, mas Matilde está pouco interessada em pormenores. Ao cabo de 30 segundos de conversa, nem isso, dispara: “Traz ecografia”? Ana diz que não, mas tem o cuidado de esclarecer que vai na segunda falha. “Minha filha, sem ecografia nada feito.”O fumo do cigarro tapa-lhe as feições. Ana olha para o companheiro, que permanece de pé e não merece sequer um olhar de Matilde. “Vamos fazer o seguinte.
Ao fim da tarde, lá para as seis, seis e meia, vai à clínica [...] e pergunta por mim. Mas só pergunta por mim. Fazemos a ecografia e resolvemos o problema hoje mesmo”, diz a parteira.Ana quer saber quanto custa. “Mil e tal euros, já com a ecografia incluída. Tudo vai depender da ecografia, mas nunca menos de mil e tal euros.”A clínica, onde se efectuam consultas de várias especialidades, parece ter todas as condições para realizar um trabalho seguro. Bem mais agradável do que aquele segundo esquerdo, onde se realizaram abortos durante anos. Este edifício é novo e o interior tem um ar limpo e arejado.


CONTACTOS

Mas Ana, que já fez quatro abortos, acha o preço demasiado alto.

Mais de 200 contos, em moeda antiga, ainda é dinheiro. Pega na agenda e liga a Joana (nome fictício), a enfermeira que lhe fez o primeiro desmancho, hoje retirada da actividade. Foi um aborto indolor, ao contrário do terceiro, em que a morte chegou a passear-se pelo quarto. “Olá, há quanto tempo, está boa?” O mundo do aborto clandestino funciona por códigos. A palavra aborto, aliás, nunca é referida nos contactos. Há sempre uma certa desconfiança em relação a quem está do outro lado da linha e, sobretudo, a suspeita de que se possa estar sob escuta.

Os números das ‘abortadeiras’ não vêm na lista telefónica, mas não são difíceis de obter: há sempre alguém que conhece alguém que o fez e ficou com o número de quem o faz.“Está tudo bem. Quer dizer, estou grávida outra vez”, diz Ana, que confia no Cytotec mas está pouco disposta a sofrer os efeitos provocados pelo medicamento.

O processo antigo, quando bem feito, é seguro e não custa nada, garante. Ou seja, quem tem dinheiro, continua a preferir o aborto cirúrgico.“Então tome nota, tem onde apontar?”, diz a parteira.Um a um vão-se soltando nomes e números. Todos de enfermeiras. É só pegar no telemóvel e marcar. “Muito boa tarde, venho da parte de...”Com recomendação, tudo fica mais simples.

Não tem nada a ver com a frieza e insensibilidade de Matilde e a factura é bem menos pesada do que o preço do aborto na clínica por esta indicada.Quem está do outro lado da linha quer saber em quantas semanas vai a gravidez – a maioria só faz até às 10/12 semanas – e recomenda que se leve ecografia.Ninguém pergunta a idade, o estado civil ou o que leva Ana a abortar. Nem sequer o nome é para aqui chamado. Só no fim, quando se trata de fazer a marcação, é que se pergunta em que nome fica. O mais importante é saber quando o deseja fazer. “Mas não quer fazer amanhã? De certeza? Veja lá... é rápido e corre tudo bem. Não tenha problemas.”Os preços aplicados por estas parteiras variam. Em Queluz, por exemplo, pediram a Ana entre 400 a 500 euros, em Lisboa o aborto ficava pelos 750 euros.Esta discrepância resulta dos custos inerentes à realização da ecografia – a enfermeira de Queluz não exigia, ao contrário da de Lisboa – e não tanto das condições em que se realiza o aborto. O método de extracção do feto é sempre o mesmo: anestesia (local ou geral) seguida de aspiração, um processo relativamente rápido.Basicamente, estas parteiras exercem a actividade clandestina num nível intermédio. Não fazem abortos em vãos de escada, mas também não têm as estruturas das clínicas que realizam a interrupção voluntária da gravidez.

Funcionam em andares de habitação normais, com as diversas divisões da casa adaptadas à função: uma sala de espera, um quarto para fazer o aborto, outro para a paciente descansar e, eventualmente, um pequeno gabinete de atendimento.Ana optou pela enfermeira de Lisboa. A clínica fica bem situada e as recomendações não podiam ser melhores. “Tem óptimas condições. É como a que tinha aí em Lisboa”, sublinha Joana.Estas casas funcionam um pouco por todo o País, com preços semelhantes. No Algarve levam entre 600 e 750 euros e no Norte anda pelo mesmo, embora em Braga, por exemplo, seja possível fazer um aborto por valores inferiores, na casa dos 300 a 400 euros. No Alentejo, a opção vai para a Clínica dos Arcos, em Badajoz. É perto, é segura e o preço ronda os 550 euros.


MAIS CAROS NAS CLÍNICAS

Nas clínicas privadas onde se faz a interrupção voluntária da gravides o aborto é praticado a coberto das situações previstas na lei, o que não quer dizer que não se cometam alguns atropelos.“Boa tarde. Queria marcar uma consulta para o doutor...”

No caso desta clínica do Norte, a palavra de código é o nome do clínico.

Não se sabe sequer se existe algum médico com esse nome, mas quem pede uma consulta para ele já se sabe para o que é.

De tal forma que nem é necessário falar em gravidez e muito menos de aborto. O número, de resto, é directo, não passa sequer pela telefonista.“Tem de ligar amanhã entre as 09h00 e as 15h00”, ouve-se do outro lado, sem mais acrescentos.Esta é uma clínica famosa, onde se fazem mais de 500 abortos por ano.
Tem as mais variadas especialidades e, conta quem lá abortou, todas as condições.“Bom dia. É para marcar uma consulta para o doutor... É para a minha mulher.”
A voz que atende é diferente da do dia anterior. Mais velha, mais madura, mas igualmente áspera. “Quer para amanhã? Só lhe dá jeito para a semana? Diga-me o nome da pessoa, o primeiro e o último e de onde é que vem.”Satisfeita a vontade, seguem-se as indicações, sempre de uma forma fria e distante. “Então fica marcada para as 09h00 de quarta-feira. Tem de vir em jejum (os abortos fazem-se em jejum), trazer bilhete de identidade e o grupo sanguíneo.”A consulta para o doutor... fica em 550 euros, preço base. Para uma clínica este preço pode ser considerado competitivo. Na generalidade dos casos o custo de um aborto numa clínica privada é razoavelmente superior, na casa dos 750 euros, mas podendo chegar aos mil e até mais. Segundo a responsável de uma organização não governamental, é a Norte, nomeadamente na Área Metropolitana do Porto, que os abortos e clínicas são mais caros.Diana (nome fictício) recorreu ao doutor... e ficou impressionada com o atendimento. “É tudo muito simples. Aparecemos à hora marcada e somos encaminhadas para uma sala de espera, onde uma enfermeira vem ter connosco. Pagamos, assinamos um termo de responsabilidade e somos levadas para um outro local, mais reservada. Não esperamos muito tempo. Fazem-nos uma ecografia, vamos para um quarto e põem-nos a soro, antes de irmos para sala de operações, toda xpto. A partir daqui não me lembro de mais nada. Dão-nos uma anestesia e só acordamos no quarto. Recuperamos da intervenção e vamos embora”, conta. “Antes de sair, deram-me uns medicamentos para tomar e um cartão com o número de telefone, para o caso de surgir algum problema”.Diana garante que o aborto foi realizado sem preencher nenhuma das situações permitidas por lei. “Não queria o bebé, é simples. Ninguém me fez perguntas nem desaconselhou, nem coisa alguma. Cheguei lá, paguei, assinei o papel, fiz o aborto e saí.”


DESPENALIZAR ATÉ ÀS DEZ SEMANAS

“Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?” É sobre esta questão que os portugueses se vão pronunciar no dia 11 de Fevereiro. Recorde-se que, até 1984, a interrupção da gravidez era punível em qualquer circunstância. Em 1984, o Parlamento aprovou uma lei que excluía da ilicitude alguns casos (perigo de morte ou lesão grave da saúde da mulher, malformação do feto e violação). Em 1997 são apresentados na Assembleia novos projectos de despenalização, mas não foram aprovados. Em 1998, os portugueses pronunciaram-se sobre a interrupção até às dez semanas. O referendo foi marcado por elevada abstenção. Nada se alterou.


EVOLUÇÃO DO FETO DURANTE AS PRIMEIRAS DEZ SEMANAS DE VIDA4 SEMANAS

É um conjunto de células que pode medir quatro a seis centímetros. Não chega a pesar um grama. Em caso de necessidade de aborto pode usar-se o método de sucção (aspiração do colo do útero).


8 SEMANAS

Já se nota as saliências do que serão os braços e pernas. O rosto começa a desenhar-se. Mede 27 a 35 milímetros. Além da aspiração, pode recorrer-se à raspagem, um método mais perigoso.



10 SEMANAS

O feto mede cerca de 6 cm e pode pesar cerca de 14 gramas.
Segundo alguns especialistas, o feto e todos os órgãos vitais estão formados. O coração bate e é possível registar os batimentos.


ALENTEJO E ALGARVE VÃO A ESPANHA

Muitas portuguesas continuam a recorrer a Espanha para abortar, sobretudo as que vivem no Alentejo – mas também no Algarve. No último ano mais de quatro mil mulheres atravessaram a fronteira para fazer o desmancho em Badajoz, na já famosa Clínica dos Arcos.
É perto, seguro e os preços são mais baixos do que os praticados nas clínicas portuguesas que fazem a interrupção voluntária da gravidez e até dos da maioria das parteiras que actuam na clandestinidade. Com anestesia local, varia entre os 360 e os 400 euros; com anestesia geral, o montante sobe para os 450 a 540 euros.
Independentemente do resultado do referendo do próximo dia 11 de Fevereiro, os responsáveis da clínica já anunciaram que vão abrir em Lisboa, durante o primeiro semestre deste ano, uma unidade similar. No caso do Algarve, a opção vai para Huelva ou Cádis, onde a rede Polliplaning, por exemplo, pratica a interrupção voluntária da gravidez ‘sem alto risco’ (até às 12 semanas) e ‘com alto risco’ (até às 22) de gestação, por preços que variam entre os 400 e os 500 euros. Calcula-se que, todos os meses, cerca de 30 portuguesas se dirijam à Polliplaning para realizar um aborto. Tal como em Portugal, Espanha permite o aborto em situações de “grave perigo para a vida ou saúde física ou psíquica da gestante” – embora aqui sem limite de tempo de gestação. Um argumento largamente utilizado, no país vizinho, para a prática do aborto.


INTERRUPÇÃO É PERMITIDA EM TRÊS CIRCUNSTÂNCIAS

São três as circunstâncias em que é permitida a interrupção da gravidez: quando constitui o único meio de evitar perigo de morte ou de lesões irreversíveis para a saúde física ou psíquica da mulher grávida e desde que realizada nas primeiras 12 semanas; quando se sabe que o bebé pode vir a sofrer de doença incurável ou de uma malformação e for realizada nas primeiras 16 semanas; quando a gravidez resulta de violação, caso em que tem de ser realizada nas primeiras 12 semanas. Estas situações têm de ser certificadas em atestado médico antes da intervenção, por médico diferente daquele por quem a interrupção é realizada. O consentimento tem de ser prestado em documento assinado pela mulher grávida e, sempre que possível, com três dias de antecedência relativamente à data da intervenção.


POUCOS CASOS CHEGAM À JUSTIÇA

É enfermeira e esteve ligada ao aborto clandestino durante 20 anos. Realizava-o na área da grande Lisboa, em dois locais distintos. Denunciada, foi apanhada em flagrante. Cumpriu um mês de prisão em Tires. Andou meio ano com pulseira electrónica. Aguarda o desfecho do processo. Luísa (nome fictício) foi das poucas mulheres apanhadas nas teias da lei. Tanto do lado de quem o praticou como de quem abortou. Neste último caso, segundo dados divulgadas pelo Ministério da Justiça, entre 1997 e 2005 foram constituídas arguidas pela prática de crime contra a vida ultra-uterina (aborto ou aborto agravado) 37 mulheres e condenadas 17. Nenhuma foi presa. As penas foram substituídas por multas ou ficaram suspensas. Os dados de 2005 e 2006 não estão disponíveis. De referir que, de acordo com a Associação Portuguesa para o Planeamento da Família, em 2005 perto de 18 mil portuguesas terão interrompido a gravidez.


"GANHO 200 EUROS POR CADA ABORTO QUE FAÇO"

C., enfermeira, faz abortos clandestinos “há uns anos”, por questões monetárias. Leva entre 400 e 450 euros por cada um. Metade é lucro.

Correio da Manhã
– Há quanto tempo faz abortos clandestinos?

Enfermeira C.
– Há uns anos.

– Por que o faz?
– Não escondo que é por questões monetárias, mas não só: é uma ajuda que alguém tem de prestar. As pessoas precisam, é uma necessidade.

– Quanto leva por cada aborto?
– Entre 400 a 450 euros.

– Qual a percentagem de lucro?
– Sensivelmente metade, cerca de 200 euros. Gasta-se muito...

– Em quê?
– A anestesia é caríssima e não se vende nas farmácias. Vem de Espanha, adquire-se no mercado paralelo, ou seja, fica mais cara ainda. Anda na casa dos 50 euros. Depois há uma vacina, a Rogan, que tem de ser administrada no caso de a interrupção ser feita em sangue negativo. Se essa vacina não for tomada, os futuros filhos podem ter problemas. Essa vacina ronda, também, os 50 euros. Finalmente, os custos inerentes ao sítio onde se pratica.

– É fácil arranjar sítio?
– Nada fácil. Temos de comprar uma casa. Ninguém aluga uma casa para fazer abortos. Compramos uma casa e adaptamo-la. E temos de pagar a uma empregada, que não ganha o mesmo que uma empregada normal. Corre riscos, tem de ser paga acima da média.

– Quantas pessoas fazem o aborto?
– Duas pessoas.

– E a compra de material?
– É adquirido em serviços de venda de material hospitalar.

– Como é a casa onde faz os abortos?
– Tem uma sala, um quarto e um compartimento mais pequeno. A sala é de espera, o compartimento mais pequeno para fazer o aborto. O quarto é para a paciente descansar.

– O local requer condições de higiene especiais?
– Sem dúvida, mas a minha experiência em hospitais deu-me conhecimentos nessa matéria. O material tem de ser muito bem esterilizado e o local desinfectado. Nada é utilizado sem primeiro ter passado pelos 280 graus.

– Quem acompanha a parturiente?
– Há de tudo: umas vezes vêm sozinhas, outras com o pai, a mãe, o marido, o companheiro, depende.

– Quantos abortos faz actualmente?
– Talvez uma média de um por dia, cinco por semana. Hoje fazem-se muito poucos.

– Até hoje houve algum que lhe correu mal?
– Nunca.

– O que faz ao que é retirado?
– Vai para a sanita. Aquilo é uma pinguinha de sangue...

– Quem são as suas pacientes?
– Aparece de tudo, mas nos últimos anos a faixa etária mudou. Antes havia imensas jovens, hoje são mulheres a partir dos 30 anos. As pessoas estão muito ilucidadas, muito conscientes acerca dos efeitos da pílula conjugados com o tabaco. Faz muito mal e pode conduzir a problemas cardiovasculares. Receosas, deixam de tomar e acabam por engravidar.

– Quanto tempo demora a fazer um aborto?
– No máximo dez minutos.

– Que técnica utiliza?
– A aspiração.

– Antes não era esse o método
Não, era a raspagem. Mas eu sempre fiz através da aspiração. O meu aparelho veio da China. Há 15 anos que tenho aspirador.

– Pede sempre ecografia?
– Recomendo sempre. Não temos Raios X nos olhos. Se a pessoa não leva é com ela. –
A anestesia é geral?
– Depende. Há quem queira e quem não queira. Eu não acho que seja necessário.

– Até que altura faz abortos?
– Até às dez semanas. Mais do que isso não. Mas há quem faça para além desse tempo.

– Porque não faz até mais tarde?
– Por uma questão de consciência. A partir das dez semanas um feto entra em sofrimento e não se deve fazer.

– A recuperação da pessoa é rápida?
– Meia hora. Depois vai pa-ra casa.

– Faz algum acompanhamento posterior?
– Recomendo sempre que se faça uma ecografia após o aborto. Se houver algum problema estou comunicável dia e noite.

– E ligam muito?
– Sim, por qualquer coisinha. Mesmo que tenham uma dor de dentes...

– E se as coisas se complicarem?
– Temos um médico que trabalha connosco que acompanha a situação.

– A pílula do dia seguinte e a pílula abortiva fizeram diminuir os abortos?
– A pílula do dia seguinte não dá nada e a abortiva ‘não existe’. O que resolve é o Cytotec. Os abortos diminuíram para um décimo com a entrada no mercado deste medicamento. Não há ninguém que vá a uma parteira sem primeiro ter tentado o Cytotec.

– E resulta?
– Em 80 por cento dos casos resulta. E resulta com qualquer tempo. A venda é mais ou menos livre...

– O aborto provocado pelo Cytotec é diferente?
– Muito diferente. O Cytotec dá muita hemorragia e dores de ‘morte’. Além de que, regra geral, não invalida uma ida ao hospital para limpar. É muito perigoso.

– Se o referendo der ‘sim’ admite abrir uma clínica?
- Sim, superlegal.


ESTUDO SOBRE A PRÁTICA DO ABORTO EM PORTUGAL

Um estudo divulgado pela Associação para o Planeamento Familiar revela que 14,5 por cento das portuguesas (cerca de 350 mil) já abortou.

Envolveu entrevistas a 2000 mulheres de todo o País, com idades entre os 18 e os 49 anos. Foram conduzidas pela Consulmark. Decorreu entre 6 de Outubro e 10 de Novembro. A margem de erro associado, para um intervalo de confiança de 95 por cento, é de 2,2 por cento.


QUAIS OS MOTIVOS QUE LEVARAM À DECISÃO DE ABORTAR?

Era muito jovem: 17,8%

As condições económicas não o permitiam: 14,1%

Por não desejar ter filhos: 13,2%

Tinha tido um filho à pouco tempo: 10,4%

Companheiro rejeitou gravidez: 9,4%

Instabilidade conjugal: 9,1%

Pressões familiares: 8%

Problemas de saúde: 4,2%

Malformações do feto: 3,3%

Já não tinha idade para ter filhos: 2,6%

Outro motivo: 8,1%


ONDE OBTEVE INFORMAÇÕES SOBRE O LOCAL ONDE FEZ O ABORTO?

Através de pessoas amigas: 72,5%

Através de um profissional de saúde: 22,7%

Através de anúncio num jornal: 1,1%

Através da internet: 0,3%

Outra forma: 3,4%


ONDE FOI REALIZADO O ABORTO?

Numa casa particular: 39,4%

Clínica privada: 32,2%

Consultório médico: 18,2%

Hospital público: 6,9%

Em casa: 1,3%


QUEM A ACOMPANHOU

Marido/Companheiro: 34,2%

Familiar: 28,5%

Uma pessoa amiga: 24,7%

Outra pessoa: 3%

Ninguém: 9,5%


EM QUE CIRCUNSTÂNCIAS ENGRAVIDOU?

O método contraceptivo que estava a usar falhou: 20,8%

Não estava a usar qualquer método contraceptivo: 46,1%

Descuido ('enganou-se' nas contas): 15%

Não faz ideia/Não sabe explicar: 18,1%


QUE IDADE TINHA QUANDO FEZ O PRIMEIRO ABORTO?

De 13 a 16 anos: 3,8%

De 17 a 20 anos: 30%

De 21 a 24 anos: 20,6%

De 25 a 34 anos: 35,6%

De 35 a 46 anos: 10%


PRÁTICA DO ABORTO POR REGIÃO

Norte: 12%

Centro: 17,1%

Lisboa: 16%

Sul: 19,7%

Portugal Insular: 3,5%


CUSTOS EM PARTEIRAS E CLÍNICAS

Braga: 300 euros. Preço praticado por algumas parteiras. Nas clínicas o valor sobe para os 800 euros.

Aveiro: 550 euros. Preço base praticado por uma das clínicas privadas mais procuradas do País.

Cascais: 1200 euros. Preço indicativo praticado por uma clínica privada, sempre superior a 1000 euros.

Queluz: 450 euros. Preço praticado por uma enfermeira. O aborto é feito numa casa equipada.

Lisboa: 750 euros. Preço praticado em casa adaptada a clínica. Há clínicas que levam menos: 550 euros.

Porto: 750 euros. É o mínimo nas clínicas, havendo um caso em que é superior aos 1000 euros.

Algarve: 1000 euros. Preço praticado em clínicas. Algumas levam menos, o mesmo que parteiras: 750 euros.


DADOS DA ASSOCIAÇÃO DO PLANEAMENTO FAMILIAR

14,5%. Portuguesas em idade fértil que já terão abortado: cerca de 350 mil.

85,7%.Interrompeu a gravidez em Portugal; 39,4 por cento em casa particular.

27,9%. Não usou preservativo nem qualquer outro método de contracepção.

72,7%. Mulheres que interromperam o aborto até às dez semanas de gestação.

34,2%. Foram acompanhadas pelo marido/companheiro;

28,5% por familiar.

29,4%. Sentiu muitas dores durante o aborto cirúrgico;

31,9% sentiu algumas.

56,5%. Teve hemorragias;

43,6% problemas emocionais;

19,1% infecções.

45%. O aborto foi feito por um médico; 30,6 por uma parteira;

13% enfermeira.

Paulo João Santos






A BOA NOVA, FINALMENTE, CHEGOU...

Vacina contra cancro do
útero à venda a partir de hoje


Cerca de duas mil doses da primeira vacina contra o cancro do colo do útero estão à venda a partir desta segunda-feira nas farmácias portuguesas.
A eficácia de «Gardasil» pode chegar aos 100% e pode ser adquirida por 480 euros.

Portugal junta-se assim ao grupo de 12 países que já comercializam a primeira vacina que previne este tipo de cancro e outras doenças provocadas pelo Papilomavírus Humano (HPV), nomeadamente os seus quatro tipos de vírus mais cancerígenos.
Comercializadas em Portugal pela Sanofi Pasteur MSD, as três doses necessárias devem ser administradas no espaço de seis meses.
A vacina quadrivalente deve ser administrada a crianças e adolescentes de ambos os sexos, com idades entre os nove e os 15 anos, e a mulheres dos 16 aos 26 anos.
O medicamento, que previne o carcinoma que mata uma mulher a cada dois minutos no mundo e uma por dia em Portugal, está sujeito a receita médica e ainda não é comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde.
Portugal tem a mais alta incidência da Europa deste cancro, registando 900 novos casos por ano e mais de 300 casos mortais. Este vírus infecta principalmente as áreas genitais femininas e tem cerca de 180 tipos já identificados.

15-01-2007 7:33:30
Diário Digital


domingo, janeiro 14, 2007

QUEM ASSIM "FALA" NÃO É GAGO...

E... VOCÊ SABIA? - EU NÃO...

O sorriso de Gioconda
é ilusão de óptica










O enigmático sorriso da "Mona Lisa", de Leonardo da Vinci, é "uma ilusão que aparece e desaparece devido ao modo como o olho humano processa as imagens", segundo uma investigação da neurobióloga Margaret Livingstone.
Numa comunicação ao Congresso Europeu de Percepção Visual, que está a decorrer na Corunha (Galiza), a investigadora explicou que o sorriso pintado por da Vinci desaparece quando se olha directamente para ele e reaparece quando o olhar se fixa noutras partes do quadro.
"Da Vinci pintou o sorriso da -Mona Lisa - usando sombras que vemos muito melhor com a nossa visão periférica", afirmou.
Por isso, para ver a Gioconda sorrir é preciso olhar para os seus olhos ou para qualquer outra parte do quadro, desde que os lábios fiquem no campo da visão periférica.
Depois de publicar a teoria de que a expressão se deve ao acto da visão central ter mais alta resolução do que a periférica, a investigadora estuda agora por que razão tantos génios da pintura tinha algum grau de deficiência visual.
Na perspectiva desta investigadora da Universidade de Harvard, o artista criou a ilusão ao usar no sec. XVI, "intuitivamente", um truque que só agora começa a ter base científica.
A teoria de Livingstone apoia-se no facto do olho humano ter uma visão central, muito boa para reconhecer pormenores, e outra periférica, muito menos precisa, mas mais adequada para perceber as sombras.
A investigadora deu o exemplo de Rembrandt, cujo estrabismo lhe reduzia a capacidade de ver a três dimensões, o que, em sua opinião, foi benéfico, já que "ter fraca percepção da profundidade pode ser uma vantagem numa profissão em que o objectivo é passar o mundo tridimensional para uma tela plana.
Livingstone precisou que não se trata de "desmistificar a arte", mas de explicar cientificamente técnicas que os artistas já usam há muito tempo de forma intuitiva.
"Os artistas estudam os processos visuais há muito mais tempo do que nós, os neurobiólogos", admitiu.

(Lusa)
Nota do blog: Temos (quase) a certeza de que ,este texto, não deverá ter sido escrito na adata em que me foi enviado. No etanto, dado o tema e a confiabílidade da minha fonte, aqui o deixo postado.

In my e-mail
De:
biti1076 (Mensagem original)
Enviado: 13/1/2007 09:41

Bjs. Idalina




O AUTÊNTICO (ÚNICO?) ELIXIR DA VIDA

Os Benefícios do Mel


Qual é o único alimento que não estraga?
O mel de abelhas.

A mistura de Mel e Canela cura a maioria das doenças.

O mel é produzido em quase todos os países do mundo.
Apesar de ser doce, a ciência demonstrou que, tomado em doses normais como medicamento, o mel não faz mal aos
diabéticos.
A revista "Weekly World New" do Canadá, na sua edição de 17 de
Janeiro de 1995, publicou uma lista das doenças que são curadas pelo mel misturado com Canela.

DOENÇAS DO CORAÇÃO: Faça uma pasta de mel com canela. Coloque no pão e coma-o regularmente no café da manhã no lugar de manteiga e geleia reduz o colesterol nas artérias e previne problemas no coração.
Também previne novos
enfartes nas pessoas que já tiveram um antes.
O uso regular deste processo
diminui a falta de ar e fortalece as batidas do coração. Nos Estados Unidos e Canadá, se utiliza esta pasta continuamente nos asilos, descobriu-se que o mel com canela revitaliza as artérias e veias dos pacientes idosos e as limpa.

PICADAS DE INSETOS: Misture uma colherzinha de mel, duas colherzinhas de água morna e uma colherzinha de canela em pó.
Faça uma pasta com os
ingredientes e esfregue-a suavemente sobre a picada.
A dor e a coceira irão
desaparecer em um ou dois minutos.

ARTRITE: Misturar: uma xícara de água quente com duas colheradas de mel e
uma colherzinha de canela em pó. Beber uma de manhã e uma de noite.
Se
tomar com frequência pode até curar a artrite crónica.
Numa pesquisa feita
na Universidade de Kopenhagen os médicos deram aos seus pacientes diariamente, antes do café da manhã,, uma colherada e mel e 1/2 de canela em pó.
Em uma semana, de 200 pacientes que seguiram o tratamento, 75 deixaram
de ter dor inteiramente.
Um mês depois todos os pacientes estavam livres da
dor, mesmo aqueles que quase não conseguíam já caminhar.

PERDA DE CABELO: Os que sofrem de calvície ou estão perdendo o cabelo, podem aplicar uma pasta de azeite de oliva o mais quente que resistir, uma colherada de mel e uma colherzinha de canela em pó no couro cabeludo.
Deixar por 15 minutos antes de lavar. Foi comprovado que é eficiente mesmo quem deixar a pasta na sua cabeça somente 5 minutos.

INFECÇÕES DE RINS: Um copo de água morna misturada com duas colheradas de canela em pó e uma colherada de mel, mata os germes que produzem infecção nos rins.
Tomar de manhã e de tarde até que a infecção acabe.

DOR DE DENTES: Fazer uma pasta com uma colherzinha de canela e cinco colherzinhas de mel e aplicar no dente que está doendo, repita pelo menos 3 vezes ao dia.

COLESTEROL: Duas colheradas de mel com três colherzinhas de canela misturados em meio litro de água.
Deve tomar-se 3 vezes ao dia, isto reduz
o colesterol em 10% em 2 horas... Tomado diariamente elimina o colesterol completamente.

RESFRIADOS: Para curar completamente sinusite, tosse crónica e resfriados
comuns ou severos, misturar uma colherada de mel morna com 1/4 colherada de canela em pó e tomar com frequência.
A mistura de mel com canela também
alivíam os gases no estômago, fortalece o sistema de imunidade, e alivía a indigestão.

VELHICE: Também evita os estragos da idade quando se toma regularmente... misture 4 colheradas de mel, uma colherada de canela e três xícaras de água.
Ferva para fazer um chá com estes ingredientes e beba 1/4 de xícara,
três ou quatro vezes ao dia.
Mantém a pele fresca e suave, e diminui os
sintomas da idade avançada.
Beber este chá alonga a vida e até uma pessoa
de 100 anos pode melhorar muito e se sentir como alguém muito mais jovem.

PARA PERDER PESO: Diariamente, meia hora antes de deitar e meia hora antes de tomar café, beba mel com canela fervido numa xícara de água.
Se beber
todo dia reduz o peso até de pessoas muito obesas.

DOR DE GARGANTA: Tome de quatro em quatro horas uma colherada de mel misturada com meia colher de Vinagre De Sidra.

IN: Revista Super Saudável