quarta-feira, novembro 29, 2006

PÍLULA DO DIA SEGUINTE (EMERGÊNCIA)

OS SETE MOTIVOS PARA NÃO ABUSAR

Há diversas razões pelas quais os médicos não aconselham a contracepção de emergência como método contraceptivo regular.

1º - Eficácia – é menos eficaz!
A contracepção de emergência tem uma eficácia média de aproximadamente de 85%, enquanto a pílula (contraceptivos orais combinados) tem uma eficácia de 99% e outros métodos contraceptivos (minipílula, implante, DIUs, anel vaginal, adesivo) têm também eficácias entre 97-99%.
2º Tem elevada dosagem hormonal
A pílula de emergência consiste numa toma única de 1500 mcg de levonorgestrel e tem de voltar a ser tomada em cada relação sexual não protegida.
As pílulas contendo o mesmo progestativo têm uma dose diária de 150 ou 100 mcg de levonorgestrel, ou seja 10 a 15 vezes menor!
3º É menos fisiológica.
A toma da pílula de emergência provoca um pico hormonal muito elevado no sangue (cerca de 9 vezes superior ao de uma pílula com 100 mcg de levonorgestrel).
A pílula “normal” e outros métodos hormonais provocam concentrações muito mais baixas e estáveis, mais parecidas com as do ciclo hormonal natural.
4º Provoca alterações do ciclo menstrual
A pílula de emergência, apesar de ser bem tolerada, provoca frequentemente alterações do ciclo menstrual com atrasos ou antecipações do período menstrual e eventual ocorrência de hemorragias intercalares (intermenstruais).
Se fôr tomada mais do que uma vez no mesmo ciclo estas alterações são ainda mais imprevisíveis.
Com a pílula “normal” consegue-se um bom controlo do ciclo.
5º Tem efeitos secundários desagradáveis.
Os efeitos secundários mais frequentes são, para além das alterações do ciclo menstrual, náuseas, dores abdominais baixas, fadiga, sensibilidade mamária.
A toma repetida agrava estas queixas.
6º Não apresenta os benefícios não contraceptivos dos contraceptivos orais combinados.
A pílula “normal” melhora a acne e seborreia, diminui as dores menstruais, diminui a quantidade do fluxo menstrual e protege do cancro do ovário e do útero.
As pílulas só com progestativos (como a pílula de emergência) podem agravar a acne, provocar aumento de peso e mais irregularidades menstruais.
Não protegem do cancro do ovário e do útero.
7º Não protege das doenças sexualmente transmissíveis.
A contracepção de emergência não protege da SIDA e outras doenças sexualmente transmissíveis.
Só o preservativo o garante! Por tudo isto, a pílula de emergência só deve ser mesmo ser usada em situações de emergência...

Dr. Fernando
Cirurgião Especialista em Ginecologia e Obstetrícia
In: Sapo Portugal Online

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