segunda-feira, novembro 20, 2006

A FALTA DE DESEJO SEXUAL NÃO MATA MAS... COMPLICA A "CONEXÃO"

À laia de justificação (mais ou menos esfarrapada):
Últimamente, por motivos pessoais, tenho utilizado o comboio nas minhas deslocações de médio e longo curso.
Isso, é o mesmo que dizer que sou ouvinte, compulsivo, de diversas conversas, entre os(as) companheiros(as) de viagem.
Tenho escutado de tudo, graças a Deus...
Desde comentários "estrábicos" ao que acontece nos revaldos do luso campeonato de futebol; do custo de vida que "está pela hora da morte"; dos professores que "não querem trabalhar e fazem greves para ganharem ainda mais", das empresas que fecham e que vão de "mala e penico" lá para os lados da Rússia; da ministra da saúde que "só sabe fechar maternidades e urgências"; do secretário de "não sei das quantas" que diz que os consumidores são culpados do agravemento da factura da Luz; que o Cavaco está de "pucarinho com o engenheiro PM"; dos filhos dos vizinhos que, "dizem estarem a estudar mas, não passam de uns "corrécios"...
Etc e tal...
Entre outros variados temas - de interesse pessoal ou colectivo - falam de sexo também.
Até me arrepio pelo modo como, os conversadores, abordam o tema...
Embora eu, continue a afirmar que não sou loiro e... por isso, não tenho necessidade de pintar o cabelo, aqui deixo, pela pena, de quem entende do assunto, uma abordagem ao tema.
Quem sabe se - pelo menos - esses meus companheiros, de jornada, já descobriram este Blog, o possam ler e... serem mais felizes....
Falta de desejo sexual
Fonte: PsicoOnline


A falta de sexo no casal é cada vez mais frequente devido ao stress, preocupação com a carreira, problemas do dia a dia e como dizia Freud o homem deve à “sublimação da libido “ o seu desenvolvimento intelectual.
Geralmente por trás da falta de sexo está a falta de “desejo”.
Homens e mulheres têm motivos para acharem-se incompreendidos no sexo.
Devemos lembrar que por trás de um parceiro sexualmente desaquecido, pode estar um homem rebaixado em sua auto-estima.
Várias causas levam à baixa estima que pode arrefecer o desejo masculino.

Em primeiro lugar, estão as razões orgânicas: problemas de erecção, ejaculação precoce ou preocupações quanto ao tamanho do pénis.
Nesses casos, o desejo existe como potencial. Só esfria por uma sensação circunstancial de inibição. É a falsa falta de desejo.
Cada vez mais presente hoje em dia está, no entanto, um ingrediente externo – a terrível sensação de fracasso profissional.

Na sociedade contemporânea, o sucesso no trabalho é uma das medidas fundamentais para determinar o "valor" de um homem, e, por causa disso, o que vai mal no escritório pode se reflectir directamente na cama.
O órgão sexual é o símbolo do poder masculino.

Como o desempenho profissional também está ligado ao poder, o mau funcionamento de um pode acabar afectando o outro. Homens pressionados pela competição no trabalho, stressados por um mau momento profissional, angustiados por um sentimento de autodesvalorização, são potenciais candidatos a ter a libido esfriada.
De todos os componentes sexuais, o desejo é o que mais flutua ao sabor das condições externas.
O diálogo franco, aberto e constante é fundamental para resolver problemas de falta de sexo no casal e para a manutenção de uma vida sexual activa, criativa, sem preconceitos e satisfatória.
É difícil “forçar” o sexo entre o casal.

O melhor seria deixar “acontecer normalmente” conforme o desejo de cada um, pois quanto mais o casal se preocupa pior será a sua “performance”, já que o lado psicológico trabalhará contra o fisiológico, ou seja o “medo de prestação” poderá gerar uma ansiedade que piorará o desempenho e o desfecho.
O melhor e mais saudável é quando “naturalmente” há o “encontro”. Claro que para que isso aconteça podem ser usados alguns artifícios.
Atitudes que podem ajudar o casal a reacender a chama do sexo:
Converse com o (a) parceiro (a) o.

Conhecer o desejo e as preferências do outro ajuda a sintonia na cama.
Pratique exercícios físicos que atenuam a tensão e ajudam directamente sobre o organismo liberando endorfinas que proporcionam uma sensação de euforia e bem estar e aumentam a disposição para o sexo.
Qualidade não é quantidade portanto não se preocupe com padrões de outros casais.
Procure se não há causas orgânicas como o diabetes, doenças cardíacas ou falta de apetência sexual.
Reserve um tempo só para o casal.

Rotina, filhos, stress, costumam perturbar a vida sexual, por isso é fundamental que o casal procure um espaço onde possam jantar fora, ir ao cinema ou fazer uma viagem de fim de semana.
Não esqueça do seu próprio prazer.

É importante que cada um dos parceiros saiba do que gosta e o que quer na cama.
É mais fácil chegar ao prazer sem a obrigação de agradar o outro.
Incremente a sua vida sexual: fantasiar é um dos maiores revigorantes para o casal. Use a imaginação para sair da rotina como p.ex. ler o Kama Sutra ou assistir um filme erótico.
Evite levar problemas de trabalho para casa. As preocupações com a profissão devem ser discutidas e resolvidas com os colegas de trabalho.
Evite álcool e fumo em excesso: um cálice de vinho ajuda a relaxar, mas em excesso compromete o desempenho sexual, pois funciona como anestésico, reduzindo a sensibilidade e interfere na produção de hormónios responsáveis pela libido.
Tenha uma vida interessante: invista em leituras, fique a par das novidades cinematográficas, faça cursos, etc. tudo que possa tornar a sua conversa mais agradável e atraente para o parceiro. Mude de comportamento na cama. Se está acostumado a receber procure dar mais carícias e procure mostrar ao outro onde está o seu prazer e o que mais gosta.
Goste de si. Não tenha inibições com o seu corpo. Deixe a busca do corpo perfeito para os artistas. A vida real tem gordurinhas a mais e músculos a menos.

Concluindo: para que uma vida sexual perdure há que existir amor, diálogo, intimidade, cumplicidade, respeito, humor e saber aceitar a rotina.


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